Exposições

“BRANCA-FLOR – O TEATRO DE LÍLIA DA FONSECA – 1962/1982” Um marco histórico do teatro de marionetas português - 45 anos após a estreia

De 3ª a Domingo – 10h00 / 13h00 – 14h00 / 18h00
Retrospectiva sobre os 20 anos do trabalho de Lília da Fonseca no Teatro de Branca-Flor, relembrando um dos projectos mais consistentes e coerentes do teatro de marionetas, em Portugal, na 2ª metade do século XX.
Uma exposição fruto de uma investigação pioneira sobre o Teatro de marionetas infantil em Portugal, em parceria com o Museu Nacional do Teatro e o CAMa (Centro de Artes para a Marioneta).
Uma Companhia de teatro que manteve a sua actividade durante bastante tempo com incontestável sucesso tanto a nível nacional como a nível internacional tendo participado em diversos Festivais Internacionais.
A criação do Teatro Branca-Flor não foi fácil e durante toda a sua existência debateu-se sempre com grandes dificuldades de falta de espaço de residência da Companhia, onde pudessem criar, ensaiar, ensinar e apresentar os seus espectáculos para um público infantil e de todas camadas sociais.
Consciente do estado de carência absoluta das crianças desfavorecidas do ponto de vista social, cultural, educativo e material, inicia um projecto pedagógico, social, artístico e teatral invulgar em Portugal, dirigido às crianças, sobretudo as mais desfavorecidas, numa época em que tanto o Teatro Infantil como o Teatro de Marionetas era raríssimo no nosso país.
Um teatro de marionetas que defende uma ideia educativa e não meramente de entretenimento, onde estão sempre presentes os princípios da educação pela arte. Rodeou-se desde o início de importantes colaboradores do ponto vista artístico, como Francine Benoit, Humberto d’Ávila, Calvet de Magalhães, Keil do Amaral, bem como actores e actrizes que davam voz aos seus bonecos.
Um projecto pedagógico que ensina e onde está sempre presente a realidade, que não revela às crianças “mentiras” nem ideias falaciosas, que tenta transmitir os bons comportamentos, sentimentos de lealdade, de responsabilidade, respeito mútuo e de igualdade entre os povos e as raças.
Uma oportunidade de relembrar Lília da Fonseca, uma grande mulher pedagoga, de espírito jovem e empreendedor. Dedicou a sua vida à escrita, sobretudo infantil, deixando diversos romances e peças de teatro. Notabilizou-se igualmente pela sua grande intervenção artística, cívica e política.

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